MENSAGENS

O SONHO DE KARINA

O SONHO DE KARINA

Desde pequena Karina só tinha conhecido uma paixão: dançar e ser uma das principais bailarinas do Ballet Bolshoi.

Seus pais haviam desistido de lhe exigir empenho em qualquer outra atividade.

Os rapazes já haviam se resignado: o coração de Karina tinha lugar somente para o ballet.

Tudo o mais era sacrificado pelo objetivo de um dia tornar-se bailarina do Bolshoi.

Um dia, Karina teve sua grande chance.

Conseguiu uma audiência com o diretor Master do Bolshoi, que estava selecionando aspirantes para a companhia.

Nesse dia, Karina dançou como se fosse seu último dia na terra.

Colocou tudo o que sentia e que aprendera em cada movimento, como se uma vida inteira pudesse ser contada em um único passo.

Ao final, aproximou-se do renomado diretor e perguntou-lhe: "então, o senhor acha que posso me tornar uma grande bailarina?"

Na longa viagem de volta à sua aldeia, Karina, em meio às lágrimas, imaginou que nunca mais aquele "não" deixaria de soar em sua mente.

Meses se passaram até que pudesse novamente calçar uma sapatilha, ou fazer seu alongamento em frente ao espelho.

Dez anos mais tarde, Karina, já uma estimada professora de ballet, criou coragem de ir à performance anual do Bolshoi em sua região.

Sentou-se bem à frente e notou que o senhor Davidovitch ainda era o diretor Master.

Após o concerto, aproximou-se dele e contou-lhe o quanto ela queria ter sido bailarina do Bolshoi e quanto lhe doera, anos atrás, ter ouvido dele que ela não seria capaz disso.

"Mas, minha filha... - disse o diretor - eu digo isso a todas as aspirantes."

Com o coração ainda aos saltos, Karina não pôde conter a revolta e a surpresa dizendo: "como o senhor poderia cometer uma injustiça dessas? Eu poderia ter sido uma grande bailarina se não fosse o descaso com que o senhor me avaliou!"

Havia solidariedade e compreensão na voz do diretor, mas ele não hesitou ao responder: "perdoe-me, minha filha, mas você nunca poderia ter sido grande o suficiente, se foi capaz de abandonar o seu sonho pela opinião de outra pessoa."


A mensagem tem como base o livro Parábolas Eternas, organização Legrand, 5ª ed., editora Sóler, 2004.

O LENHADOR E A RAPOSA






Existiu um Lenhador que acordava as 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite. Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada. Os vizinhos do Lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem; e portando, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeria a criança. O Lenhador sempre retrucando com os vizinhos falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: - "Lenhador abra os olhos ! A Raposa vai comer seu filho." - "Quando sentir fome, comerá seu filho ! " Um dia o Lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários - ao chegar em casa viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensanguentada ... o Lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa ... Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranquilamente e ao lado do berço uma cobra morta ... O Lenhador enterrou o Machado e a Raposa juntos.

A mensagem tem como base o livro Parábolas Eternas, organização Legrand, 5ª ed., editora Sóler, 2004.
 

SHOPING CENTER DE MARIDOS



Havia um “Shopping Center de Maridos”, onde as mulheres podiam escolher os seus maridos entre várias opções de homens. O shopping tinha cinco andares, sendo que as qualidades dos homens cresciam nos andares mais altos. A única regra era que uma vez em um andar, não se poderia mais descer – deveria escolher um homem do andar, subir ao próximo ou ir embora. Nisso, uma dupla de amigas foi até ao shopping.
1º andar – Um aviso na entrada dizia: “Os homens deste andar trabalham e gostam de crianças”.
Uma das amigas disse para a outra:
- Bem, é melhor do que ser desempregado ou não gostar de crianças, mas como serão os homens do próximo andar? – Então elas subiram as escadas.
2º andar- “Os homens deste andar trabalham, têm excelentes salários, gostam de crianças e são muitos bonitos”.
- Viu só? – diz uma delas – como serão então os homens do próximo andar? Então elas subiram as escadas.
3º andar – “Os homens deste andar trabalham, têm excelentes salários, gostam de crianças, são muito bonitos e ajudam no serviço doméstico”.
- Nossa! – diz a mulher – “Muito tentador, mas como serão os homens do próximo andar? Então elas subiram as escadas.
4º andar - “Os homens deste andar trabalham, têm excelentes salários, gostam de crianças, são muito bonitos e ajudam no serviço doméstico e são ótimos amantes”.
- Meu Deus, pense! – O que será que nos aguarda no quinto andar? – Então elas subiram até o quinto andar.
5º andar – A placa na porta do andar vazio dizia: “Esse andar serve somente pra provar que é impossível satisfazer as mulheres. Por favor, siga até a saída e tenha um ótimo dia”.

A mensagem tem como base o livro Parábolas Eternas, organização Legrand, 5ª ed., editora Sóler, 2004.
 
 

O PREÇO DA SEGUNDA CHANCE




Havia um homem muito rico e que possuía muitos bens, acumulados ao longo da sua vida à custa de muito trabalho. Ele tinha um único filho, que ao contrário do pai, não queria nada com o trabalho nem com os estudos. O que ele mais queria eram mulheres e festas com os amigos.
Seu pai sempre o advertia sobre a importância do trabalho e dos estudos. Os amigos só estariam ao seu lado enquanto ele tivesse algo para lhes oferecer.
Os conselhos e ensinamentos do pai chegavam aos ouvidos do jovem, mas ele não assimilava nada e continuava com sua vida vazia de conteúdo e sem objetivos.
Um dia, o velho pai mandou os empregados construírem um pequeno celeiro nos fundos da casa e, dentro dele, uma forca com os seguintes dizeres “Eu Nunca Ouvi os Conselhos do Meu Pai”.
Mais tarde ele chamou o filho, levou-o ao celeiro e disse:
Meu filho, já estou velho e quando eu morrer, tudo isso será seu. Se você fracassar quero que me prometa que vai-se enforcar nesta forca.
O jovem, incrédulo com aquela louca proposta riu, achou tudo um absurdo, mas, para não discutir com o pai, fez a promessa pensando consigo mesmo que jamais faria aquilo.
O tempo passou, o velho pai morreu e o filho herdou todos os seus bens, assumindo os negócios da família; mas, como havia sido previsto, gastou muito em festas, perdeu dinheiro em negócios malfeitos e começou a vender o patrimônio. Em pouco tempo perdeu tudo. Perdeu os amigos e, desesperado, lembrou-se do pai, cujos conselhos jamais ouvira e então começou a chorar copiosamente.
Pesaroso, levantou os olhos vermelhos e avistou ao longe o velho celeiro e aí se lembrou da promessa feita a seu pai. Deprimido e enfraquecido caminhou até lá e, lendo as palavras escritas na placa, entrou novamente em choro compulsivo, decidiu então cumprir a promessa, já que nada mais lhe restava na vida.
Pensava ele: “Pelo menos agora vou alegrar meu pai, cumprindo minha palavra”.
Subiu na forca, pendurou a corda no pescoço e jogou-se no ar, sentindo por um instante o aperto em sua garganta. Mas o braço da forca era oco e quebrou-se antes que o rapaz morresse. Ele caiu no chão e do braço oco da forca, caíram jóias, esmeraldas e diamantes. Uma pequena fortuna que trazia junto um bilhete com os seguintes dizeres: “Esta e a sua nova chance, Eu o Amo Muito, SEU PAI”.

A mensagem tem como base o livro Parábolas Eternas, organização Legrand, 5ª ed., editora Sóler, 2004.